quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Intuição, Paciência e Orientação

Intuição: substantivo feminino. 1. Conhecimento imediato, que independe do raciocínio. 2. Pressentimento sobre um suposto acontecimento futuro. [Pl.: -ções].


Pois bem... Foi pensando em acontecimentos futuros, hoje de manhã, que resolvi retirar uma lâmina do meu Tarot de Osho, para obter alguma resposta. Enquanto embaralhava as cartas, caiu a "Paciência". Nela podemos ver uma mulher grávida, sentada, e, em cima de sua cabeça, a Lua em todas suas fases.
Voltamos, então, ao dicionário:

Paciência: substantivo feminino. 1. Qualidade de quem sabe esperar. 2. Virtude que consiste em suportar dores, infortúnios, etc., com resignação. 3. Passatempo individual com carta de baralhos.

Não contente, resolvi tirar a lâmina mesmo assim, e então veio a "Orientação". Nesta carta podemos ver uma mulher, em segundo plano, e na sua frente uma espécie de anjo, como se fosse seu guia, mentor ou algo assim.
E, no dicionário, temos:

Orientação: substantivo feminino. 1. Ato ou efeito de orientar(-se). 2. Direção, guia. 3. Impulso, tendência. [Pl.: -ções].

Ok! Agora vamos juntar os três significados com as duas lâminas e desenvolver as seguintes questões:
Por que temos tanta dificuldade em confiar em nossa intuição? Por que não temos paciência de aguardar as coisas acontecerem? E por que não acreditamos naquela voz, que existe dentro de nós, e que tenta nos guiar da melhor forma possível, e que muitas vezes nos diz "vai ficar tudo bem"?

Infelizmente, aquela tendência que a maioria das pessoas tem com relação aos seus bens materiais, de achar que a grama do vizinho é sempre mais verde, é a mesma que temos com relação a nossos pensamentos, à nossa intuição.
Estamos sempre em busca da aprovação alheia, e por isso precisamos tanto da opinião de terceiros para acreditarmos que algo realmente pode acontecer e que somos capazes de fazer acontecer.
Todos temos um guia interior, mas pouquíssimas pessoas tem o 'dom' de dar chance para ele opinar. Muitas vezes esse nosso 'orientador' está aos gritos dentro de nós, mas simplesmente o ignoramos. Prefirimos ouvir a voz daqueles que estão fora e que, muitas vezes, não tem o conhecimento necessário sobre nós para ajudar a resolver determinada situação.
Existem vários exercícios que podem nos ajudar a desenvolver esse 'dom'. Alguns estão relacionados a sonhos, mas prefiro aqueles que são feitos de forma consciente. Como aquele em que você coloca água dentro de uma bacia, e fica mexendo-a de forma aleatória, sem a intenção de formar desenhos. Aliás, esse exercício, além de ajudar a desenvolver a intuição, também é ótimo para quem tem dificuldade de concentração.
E eu, depois desse 'tapa na cara' que levei hoje de manhã, do Tarot de Osho, tenho mais é que fazer esses exercícios diariamente e começar a acreditar no que minha voz interior diz... hehehehehe

domingo, 22 de janeiro de 2012

O Enforcado

Alleged Tarot
Primeiro post de 2012... Que tal falar sobre a minha primeira lunação do ano?
Bem, 2012, para mim, será o ano da Morte... Novos ciclos, novas fases, nova vida...
E para completar toda esse momento de mudanças, não podia ter tirado uma lâmina melhor nesta lunação: O Enforcado.
Hoje, refletindo sobre os acontecimentos dos últimos dias, percebo que Ele veio para me mostrar que muitas vezes não precisamos sacrificar pequenos detalhes em razão de um objetivo... Precisamos sacrificar, na verdade, o objetivo em si para, aí sim, alcançarmos algo muito maior.
É aquela questão: nem sempre o que queremos é o melhor para nós... Nem sempre o que achamos bom, nos faz realmente bem...
E lá foi embora a corda que amarrava meu pé à árvore de um círculo vicioso que parecia jamais ter fim.
Mas, felizmente, só parecia... =)

Imagem: Taroteca

sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz ano novo!

Que a Jornada de todos nós, em 2012, seja repleta de surpresas e ensinamentos.

Que desde o primeiro dia do ano tenhamos coragem de nos jogarmos no abismo que está logo ali em frente, junto ao Louco...
Que nessa descida nos encontremos com o Mago, e com ele possamos aprender a utilizar nossos potenciais;
Que a Imperatriz nos ensine a ter paciência para esperar que nossos desejos amadureçam;
Que o Imperador nos mostre o prazer da independência;
Que, junto com a Sacerdotisa, possamos adentrar nosso mundo interior em busca da paz que sempre achamos estar nos outros...
E que o Hierofante nos auxilie nessa jornada por um objetivo maior;
Que os Enamorados nos mostre um caminho que seja o melhor pra nós...
E, caso ocorram conflitos por esse caminho, que o Carro nos conduza de forma tranquila e sábia por eles...
Para que possamos resolve-los com a imparcialidade que a Justiça se dispõem a nos ensinar;
Que a Temperança não nos deixe acomodar, mostrando que muitas vezes é necessário uma mudança de direções...
E que a Força nos traga confiança para tais desafios;
Que o Eremita nos mostre que nem sempre a solidão é uma inimiga, mas uma amiga que nos traz excelentes conselhos;
Que a Roda da Fortuna gire, para que tenhamos sucesso, mas também para que possamos aprender com nossas derrotas;
Que, com o Enforcado, tenhamos coragem de sacrificarmos um pouco de nós para que possamos alcançar nossos objetivos...
Que a Morte seja nossa conselheira, mostrando que esses sacrifícios podem ser dolorosos, mas não insuperáveis;
Que o Diabo traga à tona nossos defeitos, para que não tenhamos mais vergonha deles, pois somos seres humanos e, por isso, passíveis de erros;
Que nossa Torre desabe e que seja reconstruída para uma nova fase mais madura, sem agústias e máscaras...
E que a Estrela traga a esperança de dias melhores;
Que, com a Lua, possamos aprender a sonhar, em meio a nossas incertezas...
E que essas incertezas sejam dissipadas pela luz do Sol;
Que o Julgamento nos traga as recompensas por todos nossos esforços...
Para que, no final de tudo, consigamos alcançar o Mundo.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Interpretando

Já que as únicas respostas que recebi da minha brincadeira foram: "Dani, está muito difícil!" (kkkk), lá vai minha interpretação do jogo do último post. Neste aqui coloquei as imagens relacionadas ao Tarot Mitológico, já que foi ele que utilizei no dia de Lua Cheia.

Para começar, a primeira carta foi relacionada a minha vida em geral: Três de Copas.
O naipe de Copas representa o elemento Água, ou seja, emoções (sensibilidade). Já o número três representa o fim de um ciclo e início de um novo, ligado ao sucesso. Porém não um sucesso garantido. Digamos que é a vitória de uma batalha, mas não de uma guerra, como dizem. Existirão, ainda, muitas lutas a serem vencidas para que o sucesso total seja realmente garantido. Resumindo: o três de copas representa uma batalha interior vencida no lado emocional.

A segunda carta, representando o amor, foi A Estrela.
Acredito que não há forma melhor de entender esta lâmina do que com "A Estrela" do Tarot Mitológico. Nela podemos ver Pandora abrindo a caixa de Zeus, libertando todos os males do mundo. Porém, ali também estava guardada a estrela da esperança, e é nela que Pandora prende seu olhar. Portanto, esta lâmina pode ser interpretada como a fé nas coisas boas que estão por vir, como também no equilíbrio, mas este segundo, creio ser melhor interpretado pelo Tarot de Marselha.

A terceira carta foi referente ao trabalho: Três de Ouros.
Mais uma vez o três aparece indicando um sucesso ainda não garantido. E, nada melhor para representar o trabalho do que o naipe de Ouros (Terra), já que este está ligado ao materialismo, ambição, etc...

A quarta carta diz respeito a saúde: Nove de Paus. (Confesso que essa me preocupou um pouco).
O naipe de Paus está relacionado ao intelecto, à criatividade, à reflexão. E como representante do elemento Fogo, também corresponde à transformação. O número Nove representa a estagnação, a necessidade de mudança de rumos. Como diria Einstein: "Saber e não fazer, é o mesmo que não saber". É aquele momento que você sabe que não pode continuar do jeito que está, que uma mudança drástica se faz necessária. Você sabe o que tem que ser feito, mas sempre vem aquela 'preguicinha' que te faz protelar.

Para finalizar, como uma conclusão para o jogo, temos O Mago.
Eu sempre me lembro do Mago como alguém que "tem a faca e o queijo na mão", mas ainda não sabe como fazer um sanduíche. Alguém que está começando um novo caminho agora (uma nova Jornada do Louco), mas ainda não tem aquela auto-confiança necessária para dar os primeiros passos sozinho, porém, no fundo, ele sabe que pode!

PS: Qualquer comentário que desejem acrescentar a esta minha interpretação será muito bem-vindo, ok?!

domingo, 14 de agosto de 2011

Vamos brincar?

Ontem foi noite de Lua Cheia, o que para mim, e para muitos amigos, significa noite de leituras de tarô, ritos, magias e afins.
Nessa noite que passou resolvi 'inovar' minha leitura de tarô. Até mês passado, eu tirava apenas uma lâmina dos arcanos maiores para representar minha lunação. A partir de ontem, resolvi tirar várias lâminas, inclusive dos arcanos menores, para uma interpretação mais (como eu poderia dizer?) 'profunda' da coisa.
Foi aí, então, que tive uma idéia: por que não colocar essas lâminas que saíram no blog e fazer uma brincadeira com aqueles que por aqui passam? Que tal cada um que entrar aqui dar a sua interpretação do jogo que fiz ontem?
Abaixo estão as cartas que tirei, na ordem que saíram, e na legenda está explicado o que cada uma representa. Vale dizer que não segui nenhum tipo de jogo exposto em literaturas sobre o assunto. Eu simplesmente montei conforme fui tirando as lâminas, ok?! Ah! E ontem a noite utilizei o Tarot Mitológico, e lógico que fiz a minha interpretação "pessoal e intransferível" do jogo hahahahaha. Aqui resolvi colocar o Tarot de Marselha porque acho que é um deck que a maioria das pessoas tem mais contato.
Então, vamos lá! Deixem suas interpretações aqui nos comentários, que depois passarei todas para o blog, junto com a minha interpretação, ok?!

Vida em Geral - Três de Copas
Amor - A Estrela
Trabalho - Três de Ouros
Saúde - Nove de Paus













Conclusão - O Mago

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

I Encontro de Reconstrucionismo Romano

Hoje estou aqui não para postar um texto meu, mas para colocar um convite a todos que tenham interesse em conversar/encontrar com pessoas interessadas no Reconstrucionismo Romano.
O convite abaixo foi escrito pela minha amiga Kel, do Dea Matter.

"Este será o primeiro encontro organizado por nós, integrantes de Nova Roma e também facilitadores desse movimento reconstrucionista romano aqui no Brasil.
Em função de não termos conhecimento de um maior número de praticantes de cultus deorum em nossa região, decidimos por organizar essa confraternização em prol de uma união daqueles que se interessam pelo tema.
Então os convidamos a se reunir conosco em um almoço tipicamente italiano, no bairro do Bixiga em São Paulo.
Venham conversar, trocar idéias, conhecer pessoas novas e vivenciar um pouco mais desse universo romano!

Sábado dia 13 de agosto, às 13h30
Cantina Conchetta
R.13 de Maio, 560 - Bela Vista
São Paulo"
 
Apareçam!!!

domingo, 24 de julho de 2011

Grupo de estudos

Como coloquei aqui, em meu primeiro texto nesse blog, há tempos estou tentando retornar ao Caminho Pagão, do qual me afastei por motivo de 'força maior' (trabalho, estudo, etc). E, ultimamente, tenho sentido uma vontade maior ainda de voltar a promover encontros de pessoas que tenham como objetivo o estudo do Paganismo, Tarot e afins. Um grupo de estudos, digamos assim.
Porém tenho uma dúvida que não quer calar... Será que ainda existem pessoas dispostas, aqui em Itajaí (SC) e região, a se encontrarem, no mínimo mensalmente, e levar todo esse estudo a sério, sem ter como único objetivo as práticas ritualísticas? Porque o Paganismo não se baseia só em ritos, pelo contrário, ele se baseia em estudos, leituras, e as práticas são apenas um complemento disso tudo.
Então, coloco esse espaço à disposição daqueles que gostariam de participar de algo assim.
Basta deixarem e-mail aqui nos comentários que entro em contato, ok?!

domingo, 19 de junho de 2011

Entendendo melhor A Torre (uma visão pessoal)

Druid Craft Tarot
Pela lógica, meu próximo post era pra ser sobre o Mago, arcano I do tarô, ou pelo menos foi isso que planejei... Porém, no dia 17/05, dia de Lua Cheia, me apareceu a Torre, arcano XVI do tarô. Ela veio para derrubar meus planos e não me largou mais! Estou há semanas tentando escrever sobre o arcano I. Começo um texto, apago, escrevo outro, não gosto, deleto. Então, não teve jeito, tive que olhar bem séria para o Mago e disse: "Cara, num dá! Estou muito Torre!" Ele, como sempre compreensível, baixou a mão que segurava o bastão, recolheu suas coisas, guardou a mesa (que é dobrável, porque meu Mago é moderno kkkk), tirou seu chapéu de leminiscata e disse: "Ok! Volto outro dia!".
Eu sempre tive um certo receio da Torre. Aquela coisa de "destruir tudo", sabe?! Mas nessa lunação pude perceber, claramente, o lado maravilhoso deste arcano.
Para mim, qual o significado da Torre?! Bem, quando ela aparece, significa (e esse é meu ponto-de-vista) que algo precisa ser derrubado por completo para que possa ser reconstruído. Mas até pouco tempo, na minha cabeça, e não sei porquê eu pensava desta forma, eu achava que apenas as coisas boas precisavam ser destruídas para que novas surgissem. Que engano! Na verdade, as coisas ruins também precisam ser destruídas para que as novidades apareçam e uma nova fase comece.
Alleged Tarot
Se querem saber, coisas ruins são mais difíceis de serem derrubadas. É como se fossem um vício pelo qual temos que ter muita força de vontade para sair. Ou seja, dependem única e exclusivamente de nós!
Mas agora que essa lunação com a Torre acabou, espero que esse arcano me deixe levar um papo mais próximo com o Mago, que está lá num canto, sentado numa pedra, esperando sua vez. Mas, nessa lunação que iniciou dia 15/06, ele vai ter que pedir permissão para Imperatriz. Será que ela deixa?

Imagens: http://taroteca.multiply.com/

sábado, 14 de maio de 2011

Dicas

"Todos nós reagimos de maneiras diferentes a diferentes cartas. Algumas nos atraem; outras nos causam aversão. Algumas nos lembram pessoas que conhecemos, agora ou no passado. Outras são como figuras de sonhos ou fantasias. Outras ainda nos trazem episódios dramáticos inteiros. O importante aqui talvez seja que, quando focalizamos realmente uma carta de Tarô e depois seguimos dirigidos pela própria carta, nós nos abrimos para novas e emocionantes experiências."
(Nichols, Sallie. Jung e o Tarô: Uma jornada arquetípica. pág. 35. Cultrix: São Paulo, 2007)

Por isso tantas pessoas são tão apaixonadas pelo estudo do Tarô!!!

E, para quem deseja aprender mais sobre os arcanos menores, minha dica é o curso online da Pietra Dichiaro Luna. Para saber mais, só clicar aqui.

sábado, 23 de abril de 2011

O Louco (Ou: meu retorno ao Mundo Pagão)


Tarô de Marselha
Como coloquei no meu outro blog, além da vontade louca de voltar aos estudos relacionados ao Paganismo/Tarô, também apareceu uma vontade muito forte de voltar a escrever sobre o assunto. Porém, neste momento, devido ao meu longo afastamento, me sinto perdida no caminho. Até agora não sabia sobre o que poderia ser meu primeiro texto dessa nova fase. E não é que o fato de eu estar, de certa forma, confusa, me deu uma ótima idéia?! Afinal, como alguns chamam mesmo o tarô? Sim, a Jornada do Louco.
 
O Louco, arcano 0 (zero) em alguns tarôs e XXII em outros, pode ser interpretado como alguém que inicia um novo caminho, porém não sabe onde ele vai o levar, que é exatamente como me sinto.  Ele segue andando, sendo guiado somente por suas intuições, sem atentar para os perigos que seu cãozinho tenta alertar. Muitas vezes o Louco é desenhado com uma venda nos olhos, exaltando ainda mais essa situação.
 
Como disse Sallie Nichols, no seu livro “Jung e o Tarô – Uma jornada arquetípica” (pág. 46):
 
Tarô Mitológico
“Símbolo do fogo prometéico, o Louco arquetípico personifica o poder transformador que criou a civilização – e que também pode destruí-la. O seu potencial para a criação e a destruição, para a ordem e a anarquia, reflete-se no modo com que é apresentado no velho Tarô de Marselha, onde o retratam seguindo à vontade, liberto de todos os estorvos da sociedade, sem ter sequer um caminho para guiá-lo;”
 
No Tarô Mitológico, O Louco é representado por Dioniso. Na imagem Ele aparece vestido com roupas feitas de pele de animais, representando o instinto de alguém ainda ‘inconsciente’, saindo de uma caverna (passado) e caminhando em direção a um precipício (o salto para o desconhecido).
 
Gaian Tarot
Mas a imagem do Louco que mais gosto é a do Gaian Tarot. Para mim, ela passa a impressão de alguém que decidiu deixar tudo para trás e conhecer novos lugares, decidindo instintivamente, no último momento, para qual lado irá seguir. Por isso ela está parada ali, em cima da montanha, olhando todo aquele imenso terreno a sua frente. Ela sabe que o caminho é longo, mas isso não a faz voltar atrás em suas decisões. A raposa, para mim, significa os perigos que estão por vir, porém isso não incomoda a moça que está prestes a começar uma nova caminhada, fazendo com que ela nem note a presença do animal.
 
E, termino esse primeiro texto com uma citação de William Blake que inicia o capítulo sobre o Louco no livro de Sallie Nichols (já mencionado acima):
 
“Se o homem persistisse em sua loucura, tornar-se-ía sábio.”
 
(Daniela Garcia)

Referências:
NICHOLS, Sallie. Jung e o Tarô: uma jornada arquetípica. São Paulo: Cultrix, 2007.